Strobist – O que é? Por quê? Como? Funciona mesmo?


Strobist – O que é? Por quê? Como? Funciona mesmo?

Se você é fotógrafo, o adjetivo curioso deve fazer parte das suas qualidades. E, logo, imagino que ao menos já tenhas ouvido a seguinte palavra: Strobist.

Neste post básico e introdutório, apresentaremos alguns conceitos sobre Strobist. E se você tiver a qualidade citada acima, vai pesquisar mais a respeito ou utilizar a caixa de comentários para saber mais, estou certo? Se desejar saber mais, visite o site CompartilheConhecimento, lá há um Workshop de Flash e Strobist

O que é?

Strobist nada mais é do que utilizar o flash comum, não de estúdio, fora da câmera.

– Ok. Mas é só isso?

– Sim, só isso.

A grande questão é que, se utilizar um flash já expande em muito as possibilidades da fotografia, imagine utilizá-lo fora da câmera? Fazer isso lhe dá a possibilidade de ter a luz que quiser e onde quiser. Basta saber como manipulá-la.

Por quê?

Imagine que você tem flashes de estúdio e um cliente deseja fazer fotos em uma locação externa. Você pode utilizar seu conjunto de estúdio acompanhado de um gerador ou utilizar strobist.

– Tá. Até agora não vi vantagem. Para que eu preciso de algo que faz a mesma coisa que outra?

1a questão: custos. Um conjunto de flashes (que podem ser dos mais barados, > $50) mais alguns radioflashes podem sair por menos de 300 reais. Um conjunto de tochas e gerador eu nem ouso colocar aqui os valores.

2a questão: tranqueiras. Se você precisa de mobilidade e de um conjunto prático e leve, uma sombrinha difusora, um tripé e um flash pesam muito menos do que o conjunto de estúdio. E se você não tem gerador no seu estúdio, precisará de tomadas, mais um limitante para utilizar luz artificial em locação externa. Já com strobist, depende-se de pilhas, e apenas delas.

Claro que nem tudo é perfeito no mundo do Strobist. Há várias questões de adaptação que ainda caminham no meio comercial e, portanto, sobrevivemos na base da gambiarra ou, como se diz lá fora, DIY (Do It Yourself)

Como?

Afinal, do que é preciso para iniciar no strobist?

– Câmera com sapata para flash (modelos avançados de prosumers e compactas, micro four thirds e DSLRs)

– Flash externo

– um meio de disparo fora da câmera (radioflash xing ling, radioflash caro, sistema CLS Nikon, sistema ST-E Canon, …)

Basicamente, o que muda entre as formas de disparar o flash é a forma de comunicação entre câmera (ou radioflash) e flash. Os sistemas da Canon e Nikon utilizam infravermelho e possibilitam utilizar TTL. Os modelos de radioflash fazem a comunicação via frequência de rádio, que tem como vantagem um maior alcance e a não necessidade de “vista” entre emissor e receptor, caso do infravermelho (aquela velha história do controle remoto da TV só funcionar quando se aponta para a ela).

Os modelos mais baratos de radioflash (e alguns dos caros) só possibilitam disparo no modo manual, ajustando a potência. Isto é um limitante do uso para evento, mas em books e ensaios não chega a ser um grande problema. Até é interessante para o aprendizado de luz, te obrigando a ajustar as potências.

Funciona mesmo?

Abaixo alguns exemplos de fotos do autor utilizando a técnica descrita neste post.

Ficou curioso?

Jogue no google:

DIY strobist

YN Flash (ou Youngnuo flash)

radioflash + strobist

Conteúdo enviado por:

Lucas Cavalheiro

http://lucascavalheiro.com


Comments (23)

  1. Robson de Almeida

    Muito bom. Simples.

    Aconselho aos “mais curiosos”, dois livros que me foram indicados pelo professor do SENAC, Roger Hama Sassaki, chamados “Os diários da luz sublime” e “O momento do click”, ambos de Joe McNally, editora AltaBooks.

    Responder
  2. Kivian

    Mto mto bom mmsm esse post!!!
    Tenho uma Nikon D5000 e sei que é necessário configura-la para utilizar o rádio flash…mas nao consgio configurá-la…Como fazer????
    Alguem pode me ajudar????

    Vlw

    Responder
  3. Luciana Paranhos

    Eu tenho uma 60D Canon e vi q tem no manual dela q tem como usar o flash fora da camera… So nao consegui fazer funcionar, alguma dica? Obrigado!!!

    Responder
    • Lucas Cavalheiro

      A 60D dispara os flashes Canon via Infravermelho, que é disparado através do popup da câmera. Uma busca no google com “disparar flash fora da camera 60D” responde a tua pergunta, Luciana :)

      Responder
  4. Carolina Briet Velloso

    Oiiii… amei o post…a duvida e o seguinte, tenho a 60D Canon e o flash 580 ex II… geralmente uso o infravermelho da câmera e flash.. mas se eu usar um radio… tem alguma diferença nas fotos ou so pelo conforto de distancia mesmo???

    Responder
    • Lucas Cavalheiro

      Carolina, a diferença é que não precisarás de visada entre flash e camera, ou seja, flash e câmera não precisam estar apontados um para o outro, porque usarás frequência de rádio e não infravermelho.

      Responder
      • Gustavo

        E se eu usar o Cactus V5 na função receiver acoplado ao flash externo, e o pop up da câmera como disparador, ainda assim o conjunto precisar ficar frente a frente para funcionar?

        Responder
    • Tiago

      O problema do rádio, é que, como dito no artigo, a maioria deles não funcionam em E-TTL; em um casamento, por exemplo, seria mais complicado, pois teria que regular a potência. Mas para um ensaio externo, não tem (muito) problema regular o flash.

      Responder
  5. JacK

    Olá como sempre os posts de vcs são muito uteis e práticos, pesquisei sobre o ts-e canon, mas, não encontrei nada que satisfizesse minha curiosidade, só entendi que é uma lente rotacionável. No entanto creio eu que esse pra justificar o custo tenha mais funcionalidade e foi essa que não compreendi.. Socorro! rs. Gostaria que se possivel mostrassem fotos feitas com essa lente e como ela reage na prática.
    Grato

    Responder
  6. Broder James

    Ótimo texto e fotos! É possível fazer também, por exemplo, na Canon, utilizando um flash como Master na câmera (550, 580, 600) e outro como slave (430 e outros, mesmo os Xing Ling como os da Yong Nuo), mantendo o TTL. Gosto de me virar com a luz da rua, mas penso que o fotógrafo deve também, saber “fazer” sua própria luz. Ah, acabei de comprar na DX um Flash Yong Nuo 500 EX, que além de E-TTL e funcionar como slave para Canon e Nikon (ao mesmo tempo!) tem também HSS (high speed sinc) que é uma mão na roda para quem quer utilizar o flash em ambientes externos durante o dia/tarde. Abraço, Tiago.

    Responder

Deixe um comentário para Lucas Cavalheiro Cancelar resposta

Abrir Whats
1
💬Oi! Tem alguma dúvida?
Olá! Alguma dúvida sobre o curso?